Olá! :)



segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Morre-se sim.

E não apenas de frio, fome, dores, tiro e velhice.
De Saudade.
Um pouquinho por dia, dói-se um tantinho por vez.
O coração aperta, a voz falha, os olhos se inundam.
Saudade é uma coisa estranha. Todo mundo sente, todo mundo sabe o que é.
Quando se esta triste, toma-se um remédio. Quando não se tem sono, remédio;
Dores? - remédio. Inventaram remédios até para quem não tem mais vontade de viver. Será que existe remédio pra Saudade?
"Um pílula e acabe de vez com a saudade! Versão em gotas para as crianças!"
Bom, nunca vi um anúncio desse tipo e, na verdade, acho que nunca verei.
Se alguém por aí, um dia descobrir uma fórmula secreta para essa dorzinha chata, por favor, não deixe de me avisar!
Sem demora, peço, rogo, para que ela se vá, e em seu lugar, que fique o afeto,
o amor e a ternura.
Porque de saudade, sim, morre-se também.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Doce Coragem pra Chegar no Fim



E minha vida tem continuado sem grandes novidades, mas com significativos acontecimentos.
O fim de 2010 já esta aí e, junto com ele, grandes mudanças. Dessa vez não é nenhuma promessa feita enquanto eu pulava ondas na orla de Copacabana, mas sim, fruto de um contigente de escolhas tomadas ao longo do ano.
Escolhas precisam ser feitas, renúncias também. Renuncio algo com objetivo de conseguir outras coisa que, ou será muito melhor e agradável ou, apenas necessária.
Ultimamente tenho me perguntado se certas decisões que tomei ao longo da vida foram válidas e se tiveram um reflexo positivo na minha história. Assimilei que algumas delas foram desnecessárias e, à primeira vista, ruins (são essas que me bloqueiam a tomar novas atitudes). Outras, porém, resultaram em maravilhosas consequências (são essas que me dão força e fé para tentar de novo).
É fato que tomar decisões é algo que não dá para se deixar de fazer. O que varia de uma decisão para outra, acredito que seja a forma  e o porquê ela é tomada.
Se você achar que se trata de algo que valha a pena, por que deixar de tentar? Somos passíveis a erros, entretanto, também somos capazes de buscar soluções. Aí que esta: temos a chance de Começar de Novo!
O resultado: quem sabe? Eu sei das minhas escolhas, vontades e desejos. E só poderei saber se terei Sucesso ou Fracasso dando a cara a tapa.


"E o fim é belo incerto... depende de como você vê.
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só"
TM

terça-feira, 24 de agosto de 2010

CP² Apresenta!

Alunos e Professores do Cursinho Prof° Chico Poço


Postagem apenas para dizer o quão especial foi esse dia!

CP² Apresenta! - Glória Rocha_21/08/2010

Quem foi sabe, quem não foi, infelizmente perdeu!

Quem disse que não ter passado no vestibular ano passado foi tão ruim assim?

Obrigada à Todos!


Foto: Créditos à Felipe Pinheiro (Felps)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sempre as Mesmas Perguntas



Já parou para pensar no tamanho do Universo e em toda sua complexidade?
Não? - Você não sabe o que está perdendo.
Sim? - Cuidado, você pode se perder em indagações e teorias.

O Homem tende a acreditar que é o ser mais evoluído, inteligente e importante que habita o planeta (ou até mesmo o Universo). São átomos, moléculas, células, tecidos, órgãos, sistemas, organismo humano.
Nossa, como somos complexos.

Muito se tem pensado e questionado sobre o além-Terra. Vidas em outros planetas, outros planetas. Como tudo surgiu, como tudo irá (sim, porque aparentemente irá) acabar. As teorias são as mais diversas. Poderíamos citar como a mais "fácil" delas o Criacionismo. Mas convenhamos que a mera explicação : "Tudo existe porque Deus assim desejou" não satisfaz (ou pelo menos não deveria satisfazer) nossa necessidade de conhecer. Nossos questionamentos não se limitam (como se fosse pouca coisa) aos "Porquês", mas principalmente ao "Como"- e isso não é tão simples de ser explicado.

Minha intenção com esse post não é lançar nem reafirmar nenhuma teoria.
Escrevo porque tenho necessidade de desenvolver, mesmo que não perfeitamente, uma linha de raciocínio; escrevo porque questiono, escrevo porque penso. Escrevo principalmente porque assim, organizando minhas ideias através de um texto,  fica mais claro de visualizar o quão pequenos somos e o quanto podemos ser insignificantes para o Universo.

E novamente pergunto:

- Já parou para pensar no tamanho do Universo e em toda sua complexidade?

.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Sobre a Liberdade de Ser


Como uma vela acesa que esta sujeita a ter sua chama aumentada ou diminuída (ou até mesmo apagada), também estamos suscetíveis a reviravoltas, turbilhões de sensações, que poderão aumentar nossa chama de viver, diminuí-la ou fazê-la sumir. O que acontece ao nosso redor nos molda.
Não ter medo de ser o que se é, não ter vergonha da maneira como sua chama brilha. Simples.
O que somos, o que não devemos ter medo de expressar, como nossa chama brilha. Complicado.
Somos emoções, somos respostas, somos reações. O que forma o indívuo nada mais é do que a coletividade. Somos consequência de acontecimentos, de fatos, de situações. Somos amontoado de sentimentos de diversas pessoas. Ora somos amor, ora somos ódio, ora somos tristeza, ora somos liberdade. Às vezes "vive-se" na inércia, às vezes vive-se de extremos, .
Se então, o que nos torna o que somos é um conjunto de percepções alheias, somos um ou o todo, somos tudo ou somos nada?


"(...)Aprendi que se depende sempre, de tanta muita diferente gente.Toda pessoa sempre é a marca das lições diárias de outras tantas pessoas. É tão bonito quando a gente entende que é tanta gente, onde quer que a gente vá, é tão bonito quando a gente sente que não está sozinho, por mais que pense estar (...)" Gonzaguinha

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Uma Breve História de Ontem- Parte I


Eles se conheceram assim, não mais que de repente, sem alarde, sem nada muito especial.
Ela conversava na rua com alguns amigos, ele voltava da escola.
Aparentemente todos o conheciam. O rodearam, fizeram perguntas, reclamaram porque já fazia algum tempo que ele não saia para conversarem. Ela ficou sozinha sentada na calçada enquando ele terminava de responder às indagações dos amigos e descia para sua casa.
"Quem era ele?" Obviamente curiosa ela perguntou.
"Você não o conhece? Ele mora aqui na rua!" Sua amiga respondeu.
Gabriela achou estranho nunca o ter visto, confessou para si mesma que ele tinha lhe chamado a atenção, mas como ela não queria fazer alarde, resolveu continuar o papo com os colegas.
"Nossa, fazia tempo que eu não o via!" Disse Rodrigo.
"Verdade, ele tava meio sumido mesmo."
"Nossa, ele esta bonito né?" Falou Nádia, a mais velha do grupo.
Pouco tempo depois o novo-estranho-antigo-vizinho reapareceu. Se sentou e virou o centro das atenções. Gabriela não queria admitir (principalmente para ela mesma), mas se sentiu (muito) atraída por ele.
Ela percebeu que Rodrigo de vez em quando a olhava e soltava um sorriso. Claro que ela achou que ele era idiota, por isso não deu muita atenção.  Papo vai, papo vem e já era hora de todos irem para casa. Aqueles dias estavam tão propícios a conversas e risadas que combinaram de saír para conversar na noite seguinte novamente.
Na hora de entrar para sua casa, Gabriela foi surpreendida pela risada de Rodrigo, que a olhou e disse:
"Ê, dona Gabriela. Pensa que eu não vi né?Hahaha".
"Viu o quê, menino? Esta louco, é?" E entrou para casa rindo. Gabriela sabia do que ele estava falando.
"Droga!"-Pensou. E agora?

domingo, 11 de julho de 2010

Você Se Lembra?



Foi em um dia de chuva. Eu estava irritada porque parecia que tudo, absolutamente tudo naquele dia havia dado errado. Sai de casa, bati a porta, gritei com o homem que me pedia moedas na rua. Pisei em uma poça, gritei de novo, corri e acabei indo parar em um banco de praça.
Quando me dei conta você estava parado na minha frente. "Assim a senhorita vai acabar se resfriando".
"E quem se importa?"- eu com toda irritabilidade que meus dezoito anos poderiam causar, respondi.
Você sorriu, e como quem fala com uma criança, se abaixou e me perguntou: " Você não se importa?"
Eu só queria ficar sozinha, mas você continuava parado, esperando uma resposta.
"Não, não me importo. Por mim, poderia pegar uma gripe bem forte e morrer!"
Você olhou fundo meus olhos e eu me senti desconfortável. "Pois eu me importo. Já vi tanta gente lutar pela vida que te ver assim, tratando-a com o maior descaso, me entristece".
Naquele momento me senti realmente como uma criança. Senti o peso dos teus olhos. Eram cinzas. Eram cor de tempestade, cor de vento, de chuva. Mas sua voz... Sua voz tinha um som tranquilo, um som de, como posso dizer? Era como um dia preguiçoso, um dia de sol em uma praia tranquila. Sinceramente não sei como eu conseguia pensar em sol no meio daquela chuva.
"Me desculpe. É que hoje meu dia não esta dos melhores."
Você me ofereceu o guarda-chuva. Eu aceitei. Você começou a caminhar e eu fui ao teu lado. Paramos embaixo de um toldo qualquer. Eu tremia. Você tirou o casaco e o colocou sobre meus ombros. Agradeci com um sorriso tímido. Você me olhou. Mais uma vez aqueles olhos sobre mim. Era muito difícil sustentar teu olhar. Abaixei a cabeça. "O que foi?" - Você perguntou.
"Não sei. Você. Não sei explicar". Você sorriu. Me senti estúpida.
O que fazer? Ficamos em silêncio durante um bom espaço de tempo. Parei de tremer. Parou de chover.
"Obrigada" - eu disse devolvendo o casaco.
" Tudo bem". 
Você passou a mão pelo o meu cabelo, se virou e foi embora.
Eu fiquei ali parada, me perguntando o que é que havia acontecido. Quem era aquele estranho com um guarda-chuva, olhos cinzentos intimidadores e voz tranquilizadora? Não sei. Até hoje não descobri.
Nunca mais nos vimos, nunca mais te vi. Mas toda vez que há uma tempestade, eu olho pelo vidro embaçado da janela e me pergunto se eu sair por aí, em agonia, correndo sem rumo sob raios e trovões, se você estará lá novamente, me esperando com um guarda-chuva.
Chego perto da janela, tento enxergar pelo vidro, e por uma fração de segundo posso jurar ver teus olhos- cinzas como a tempestade.

sábado, 3 de julho de 2010

O Segredo



Maria era muito feliz.. Todos os dias Maria levantava antes mesmo de o sol nascer. Lavava o rosto inchado, escovava os dentes e ia fazer café. Preparava a refeição das crianças: pão feito por ela mesma e um café meio ralo. Maria prepavara os filhos, se preparava e saia de casa. Deixava-os na escola e pegava o ônibus para a casa de Dona Beatriz. Lá ficava até a hora do almoço; lavava, passava, cozinhava. Saía correndo, buscava a pequena prole na escola, deixava na casa da vizinha e se dirigia à casa da Dona Selma e do Dr. Olavo. Limpava, lavava, passava, dava banho no cachorro, cortava a grama do jardim. Maria então rumava para a Lanchonete do Zé Tião. Limpava, anotava pedidos, servia mesas, lavava pratos. Passava na casa da vizinha, pegava os filhos, lhes dava banho e os colocava para dormir. Maria então lavava, passava, alimentava o gato, trancava as portas, tomava banho, rezava e ia dormir. No dia seguinte, seu dia se repetia. Maria sabia que era feliz- afinal, o que mais poderia ser? Via às vezes, quando a patroa não estava em casa, um pedacinho do jornal na televisão. Era tanto gente que passava fome, que morria, que matava. Mas ela não. Sua vida era melhor do que de qualquer um deles. Tinha comida e um teto. Do que mais alguem necessita para ser feliz? Maria seguia seus dias com esse pensamento, porque pensar que a vida era injusta, que ela trabalhava o dia todo e mal via os filhos enquanto suas patroas faziam viagens e podiam pagar pelas melhores roupas, comidas e escolas não era possível (não era permitido). Maria assim como oitenta porcento da população não poderia se dar ao luxo de pensar. Porque pensar mata, não de tiro, nem de frio, nem de fome, mas de tristeza. E se Maria quisesse se manter viva e de pé, teria que ignorar sua vida, teria que ignorar a tristeza e a fome de esperança.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Uma Carta

Olá,

Por meio desta venho aqui expressar a sua colocação e importância na minha existência.

Nossas Almas estão ligadas de alguma maneira ainda inexplicável. Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza e que nem a morte nos separe. Surgiu assim, quando pensei que estava sozinho neste mundo, quando achava que só eu sentia e passava por aquilo, no momento em que não me sentia parte de nada.

Você disse: “Não, você não é único e, por Deus! nem eu o sou!”. E nesse momento me perguntei como podia um estranho compartilhar de sentimentos e percepções tão minhas?

Nos sentamos e falamos sobre o tudo e o nada, rimos e choramos. Eu tinha medo de que você me achasse um tanto quanto estranho, você dizia que eu era a pessoa mais incrível que já tinha conhecido. Você me abraçou bem forte e naquele momento soubemos que dali para adiante tudo seria diferente para nós dois.

Você viu minhas piores caras, conhecia de cor minha expressão irônica. Sabia como eu pensava, sentia como eu sentia.

Eu te ligava para falar dos meus amores, dos meus horrores, do tempo, do medo, do passeio do fim de semana, de coisas do cotidiano, de coisas essenciais. Você me chamava para ir tomar sorvete, pra viajar, pra visitar sua avó, para andar por aí sem rumo e falar das pessoas, para pensar na vida.

Um dia combinamos: “Vamos acampar?”. Estava tudo combinado, em dois dias pegaríamos a estrada, escolheríamos um lugar e montaríamos acampamento. Um dia antes de sairmos te liguei e com frustração dei a notícia de que não poderia ir, pois tinha acordado com febre e dores pelo corpo. Você foi compreensivo (como sempre o era) e disse que poderíamos marcar para o próximo fim de semana. Insisti para que você fosse e se aprovasse o lugar, com certeza eu também aprovaria. Ficamos nesse impasse um bom tempo e por fim consegui te convencer a fazer a viagem.

Fui dormir me sentindo um pouco menos culpado, já que pelo menos você não iria perder o passeio por minha causa. Acordei de manhãzinha com o telefone tocando, era o seu número no identificador de chamada. Atendi e tamanha foi minha surpresa quando vi que a pessoa que falava comigo não era você. Havia muito barulho e foi difícil distinguir a voz que me fez perceber que o nosso acampamento combinado para o próximo fim de semana jamais chegaria.

A estrada estava molhada por causa da chuva que caiu à noite, a curva, dizia o policial, era muito perigosa e acidentes ali eram frequentes. Um carro estava vindo na contramão, você tentou desviar e até conseguiu, mas o sucesso desse ato te fez perder o controle do seu carro, que acabou capotando. Os paramédicos chegaram à conclusão de que sua morte foi rápida e com sorte, indolor.

Pessoas tentavam me acalmar e me abraçavam dizendo que tudo iria ficar bem. Mas eu não queria me acalmar, eu não queria ficar bem, eu queria ficar com você. Eu queria estar naquele carro, desejava ardentemente não ter conseguido te convencer a fazer aquela viagem.

Hoje entendo que sua morte não aconteceu por minha culpa, mas constantemente me acuso por não ter ido com você. Naquele dia uma parte de mim também se foi, uma parte que me faz falta, que ainda me faz chorar por saber que não esta aqui.

Me concentro em pensar que não acabou; que nossos caminhos ainda vão se encontrar, pois nossas Almas permanecem ligadas. Não é o fim, é apenas um pequeno intervalo de nostalgia.

Até um dia que rogo para que não demore a chegar, Amigo!

Com amor e saudade,
Aquele que jamais deixou de pensar no nosso reencontro, Eu






sexta-feira, 30 de abril de 2010

Freedom


Acordou com um sentimento diferente. O ambiente estava mudado. Até mesmo os cheiros se encontravam distintos dos de costume. O sentimento que nutria naquele momento a deixava leve, tão suave quanto a folha da árvore que em dias mais frios iniciam um processo de desprendimento e desapego, se soltando da árvore sutilmente (e há quem diga, até com certa elegância), vão dançando e caindo até chegar ao solo. Sentia-se forte, com opiniões e valores inabaláveis, como se apenas por seu simples desejo coisas pudessem acontecer. Queria levantar da cama e caminhar, andar por aí esbarrando em estranhos, acenando para conhecidos. Tinha vontade de gritar para quem quisesse ouvir que tinhas o mundo em suas mãos e que nada a poderia deter. Desejava escrever, viajar, cantar, abraçar, conhecer, explorar, chorar e rir, tudo incrivelmente ao mesmo tempo. Era como se depois de anos na clausura e escuridão, depois de muito tempo vendada, pudesse finalmente enxergar o universo que a cercava. O Universo era algo que a fascinava, com todos seus elementos, sistemas e mistérios. Adorava mistérios; ficar imaginando o que se esconde por trás de cada sorriso, cada olhar, o que faz as pessoas felizes. Gostava mais dos mistérios sem resposta, porque daí não existiria uma resposta errada e ela poderia imaginar o que quisesse. Naquele dia achou que poderia responder a qualquer pergunta. Não conseguia entender o que a fazia se sentir daquele jeito, mas gostava. O sol nascia, o horizonte começava a clarear , as coisas começavam a tomar forma definida. A grama, as árvores, os pássaros, o lago, o vale, o mundo – o pequeno pedaço do todo que possuía. Sorriu, e de olhos bem abertos agradeceu ao universo. As coisas mais lindas poderiam ser vistas a qualquer momento, bastava prestar atenção no que havia em volta. Coisas boas podem acontecer. Emoções positivas a habitavam naquele dia. Sabia que seus desejos se tornariam fatos. Agora com o sol iluminando o campo por completo,tinha certeza de que seus Sonhos poderiam ser sentidos, visto e tocados. O utópico poderia ser real se assim quisesse. O mundo lhe pertencia, o mundo era ela.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Re-Encontro


Para ela aquele sentimento era indescritível. Ou melhor, era sim. Misturava-se surpresa e ansiedade com alegria e uma pitada de esperança e fulgor. A confusão se fazia presente em sua mente. Vê-lo assim, como se fosse a primeira vez, na verdade era a primeira vez. Era uma situação contraditória, pois sentia como se o conhecesse por toda uma vida, apesar de nunca o ter visto. Não sabia se ele sentia o mesmo, mas os olhos de ambos continuavam a se olhar, e uma força incrível e cativante não os deixava se afastar um do outro. O coração apertava, a alma reconhecia. Meu Deus, por que se sentia assim? Como criança que finalmente ganha o presente de Natal com o qual sempre sonhou. Era outono. Seria esse seu presente adiantado? Tentou se aproximar. Como seria tocá-lo? Sentia uma curiosidade jamais antes sentida. Queria sair correndo e abraçá-lo, mas como poderia fazer isso sem se sentir tola e parecer insana? Ele era um completo estranho. Um estranho que o seu Ser reconheceu, que seus olhos olharam como se fosse familiar, que seus braços queriam agarrar como se fizesse isso há muito tempo. Percebeu então que era apenas um estranho para os costumes vigentes onde vivia, pois para ela, ele parecia tão familiar quanto o seu próprio eu. Ficou ali, naquele instante tão seu, tão deles, se perguntando o que aconteceria a seguir. Tão enfeitiçada estava que por mais que quisesse não conseguia se mover e finalmente perguntar de onde o conhecia. Resolveu então esperá-lo, pois ele também a olhava com certo reconhecimento e confusão. E depois de um minuto que para ela foi como a espera de toda uma vida, ele se aproximou. Estendeu a mão como quem se apresenta com respeito a um desconhecido. Ela, dividida entre a vontade (que mais parecia uma necessidade) de abraçá-lo com todas as suas forças e o receio de que parecesse louca se realmente o fizesse, estendeu sua mão quase trêmula e apertou a dele. Tão logo se uniram já se separaram. Tamanho foi o susto quando ao encostarem suas mãos, um pequeno choque as invadiu, e junto com ele, um misto de calafrios e calor. Será que fora apenas um equívoco? Talvez tivesse sido apenas um aperto de mãos comum. Mas a expressão que seus rostos sustentavam não poderia servir de base para essa afirmação. Não, não fora um simples e cordial comprimento. A taquicardia que se fazia presente em ambos também não era normal. Sorriram. Era o que restava a fazer. Seguindo um impulso ele a chamou para irem a um Café, estava muito frio lá fora. Ela seguiu seus instintos, que dessa vez diziam que deveria aceitar o convite de um estranho. O estabelecimento realmente trazia conforto para ambos, para ambos os corpos, já que suas almas continuavam inquietas. Sentaram-se. Não quiseram nada que o Café pudesse oferecer; naquele momento desejavam apenas a presença um do outro. Ele criou coragem: Rafael. Poliana. -Amor à Primeira Vista.

segunda-feira, 12 de abril de 2010





Passadas duas semanas de total desesperança e tristeza, aqui esta ela, em um processo de isolamento de pensamentos desnecessários e causadores de uma dor maior- a qual não quer e pensa não precisar sentir agora.

Porque por mais que seja ruim, viver na ignorância de certas situações e realidades a atrai e à ela parece muito melhor e mais agradável do que se viver a própria realidade. Se você parar para pensar, pode descobrir que poderia se estar muito melhor do que se encontra e pensar o inverso (que também poderia se estar pior), realmente não ajuda em nada. Porque a grama do vizinho sempre parece mais verde...

Quando pensa macro, se sente pequena demais, quando pensa micro, continua se achando pequena demais. Será que somos realmente do tamanho que sentimos ser?- se pergunta.
Sente necessidade de escrever, sente como se não o fizesse as dores jamais passariam, como se disso dependesse sua melhora. Mas até mesmo escrever como se sente às vezes é difícil; não difícil de colocar em palavras os sentimentos, mas difícil de ler o que escreve depois de pronto e constatar que as coisas estão piores do que pensava. O bom é que  na maioria das vezes a sua melhora pós-desabafo escrito é visível.

Sabe exatamente o que fazer quando se sente assim, sabe por experiência, sabe por intuição, conhece que deve simplesmente se ignorar até que passe, até que volte à rotina e as indagações sejam esquecidas. Queria mesmo era não precisar fingir, não precisar mentir e omitir pra si própria e para os outros; não precisar fingir sorrisos, não precisar de abraços, não ter que fazer piadas das quais ri para não pensar no que a faz chorar. Queria sim. Queria mesmo.

Mas não dá para estar bem sempre, é natural. Sabe que jamais será completamente feliz, ninguém o é. Pode-se ser feliz por uma determinado período, mas o "Feliz para Sempre" com certeza ainda não existe. E realmente não reclama, o que a atormenta é ter consciência disso.

Lê porque gosta, porque acha necessário. Quer se sentir constantemente incluída em alguma coisa. Não sabe o que irá ser, mas acredita que terá sucesso, um dia. 
Coisas boas estão por vir, quem sabe quando?Um dia. Acredita que a Felicidade, ao contrário do que dizia Platão, um dia poderá sim ser alcançada, mas isso, também um dia. Um dia muitas coisas acontecerão e outras deixarão de acontecer. O que deprime ao invés de dar esperança é que tudo se resolverá não hoje, não amanhã, mas sim, em um determinado tempo que desconhece.

Acha que o texto esta muito filosófico e impróprio para a internet, entretanto continua escrevendo.
Quem sabe ela aprende que certas coisas não devem ser expressadas para não se criar certezas e alimentar incertezas? Quem sabe um dia...


...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Ser Humano (Humano?)




"Humano: Adj. relativo ao homem/ Sensível à piedade, compassivo(...)" - Dicionário Aurélio.


Vive-se atualmente a era do Consumismo, seja ele por roupas, sapatos, aparelhos eletrônicos, carros, produtos de beleza ou até mesmo comida.
Liga-se a TV e o que se assiste?"-Vista isso!", "Coma aquilo!". O espectador, geralmente sem raciocinar sobre a origem dos produtos que ele é levado a obter, os compra e usufrui deles. O que ele não sabe é que para satisfazê-lo vidas foram tiradas, vidas foram torturadas.


Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA, 98%(aproximadamente 10 bilhões) dos animas que são mortos por eles são para consumo. Milhares de animais são mortos por ano para confecção de novos casacos de pele, botas, bolsas, e cintos de couro tidos como 'Artigos de moda e luxo'. Milhões de animais são torturados e mortos cada vez que a indústria de cosméticos quer testar 'O mais novo e eficaz produto do ano'.


Deve-se colocar a culpa de todas essas mortes no Sistema?-Não. O Sistema somos nós. A culpa esta em quem conhece e finge ignorância, pois assim é mais cômodo. Como pode-se esperar que as misérias das pessoas sejam findadas se não há mobilização nem ao menos com os animais, tidos como mais fracos? Como esperar grandes mudanças externas sem alterar hábitos e conceitos?
Já dizia Pythagoras: "Enquanto o homem continuar a ser o destruidor dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor".


Faz-se extremamente necessário que o conceito de 'Humano' seja sem demora posto em prática pelos próprios Seres Humanos.

domingo, 7 de março de 2010

'You Can Dance, You Can Jive!'


Ah, que saudade dos tempos de dança!Quando tudo o que eu queria era que o fim de semana chegasse para que eu pudesse ir à Academia!Era tão bom chegar lá e sentir, sentir aquela energia diferente, típica de quem é apaixonado pela dança!

Os cumprimentos são feitos pelos professores juntamente com o anúncio do tipo de dança do dia; logo cada um pega seu par e juntos vão ao salão. Costumávamos a ter mais aulas de samba e bolero, o que me agradava, já que eram meus ritmos preferidos. Ah, o samba de gafieira...!Tão agitado, cheio de movimentos inesperados, charme  e jogo de cintura!Rápido ou lento, do jeito que o freguês desejar. E aquele passo que você achava que nunca iria aprender, que parecia tão complicado, de repente você consegue fazer e sem esforço, ele simplesmente sai!Será o treinamento ou a condução? Provavelmente os dois. O Bolero? Há quem diga que esse ritmo foi feito para os amantes, os enamorados, mas ao meu ver não é necessário estar amando para apreciá-lo! Aquela música lenta e elegante, na qual se descobre que por mais desastrada ou desastrado que você seja, ainda sim ele[bolero] te faz parecer ter nascido para dança!

Não importa o que se dança, conquanto que se seja com a Alma!
E para isso não é necessário muito esforço: bastar primeiramente ouvir a música, rapidamente você começara a sentir a melodia e a dança surge em você!Chega-se um desajeitado que tropeça na própria perna, sai-se um pé-de-valsa! Claro que não estou supondo que você irá se tornar um Jaime Arôxa(a não ser que se treine para isso), mas meus amores, quando você se deixa envolver pela música e pelo rítmo e se entrega de corpo e alma, até o dois-pra-lá-dois-pra-cá se torna a melhor coisa do mundo!

Foto: Apresentação da Companhia Jundiaiense de Dança de Salão, em comemoração ao seu segundo aniversário, no Clube Jundiaiense em  22 Novembro de 2008 - Turma do Soltinho(Samba Rock)

sábado, 6 de março de 2010

A Melhor Banda de todos os tempos da última semana!


Incrível como o mercado musical esta tão saturado e ainda sim cada vez mais e mais bandinhas explodem no gosto da garotada!

Esse dias estava eu dentro de um ônibus(ah, como é bom ser pobre!Pegar aquele busão lotado, com a galera com um cheirinho de cinco dias de ausência de banho, às 07 da manhã!) quando ouço uma menina, provavelmente no auge dos seus quinze anos conversando com uma  amiga:"Ah, nem me fale!Tokio Hotel é perfeito!". podem me chamar de desinformada, alheia à vida, garota que não sabe nem em que pé o mundo anda, mas HELLO! quando foi que tudo isso aconteceu?Me desculpe se meu cérebro não consegue memorizar o nome das cinquenta revelações musicais que são lançadas pela mídia mensalmente!É um tal de sair cantor de filme e seriado!Atuou, foi publicitado, virou cantor e ficou famoso!Máquemundoéesse?Será que na minha época(e olha que nem faz muito tempo) era assim e eu nem percebia?

Eu ligo o Rádio e ouço o locutor cortando a sequência de músicas para relatar um pouco da vida de certa atriz recém descoberta(ok, já faz um tempinho que ela anda por aí), e aí, talvez por eu sofrer de uma grande problema com lacunas de memória, me perguntei: 'Mas quem é mesmo essa menina??' PUTZ!Como pude me esquecer?É a nossa queridinha Hey, uma Montanha!Oun!Que fofa!Admiro tanto toda a sua bagagem cinematográfica e televisiva, além dos seus cd's e tals!Mas, opa!Um momento por favor!(Intervalo para acessar nosso salvador: o Google!)Ela tem a minha idade minha gente!E pasmem!: uma série no canal com o nome do cara que dizem ter seu corpo congelado e mais uma ajudinha da titia Mídia e voilà! - um dos 100 famosos mais bem pagos do mundo!Esse mundo é mesmo muito bom, não é?Não que eu tenha alguma coisa contra  ela, longe de mim!O que me intriga realmente é como o público-alvo dessas revelações-do-ano sempre estão dispostos a se apaixonar pela enésima vez por um ator diferente a cada mês!Ô coração de mãe, que sempre cabe mais um(e provavelmente dinheiro da mãe para comprar todos os dvd's, poster, canetas, roupas, copos e o diabo à quatro de objetos costumizados com seu artista preferido!)!Talvez eu consiga me habituar, pobre mesmo serão as gerações futuras, que provavelmente no próprio útero de suas genitoras terão  disponível um Mp2047 onde poderão desde cedo se identificar com os mais diversos tipos de cantores lançados por dia!Pobrezinhos...

Mas é isso aí meu caros, por mais clichê que seja, é aquela velha história que todo mundo já esta careca de saber: 'Se tem quem compre, tem quem venda!'(É o seu ato que faz a diferença!--Opa!Isso pode até virar slogan!).
Mas o que estão esperando?-Às compras minha gente, que o mercado não pode parar!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Cursinho =D


Vontade de escrever que me deu!Não digo que seja uma vontade daquela BEM inspiradora, do tipo que se fica horas e horas escrevendo e depois que termina, avalia o texto pensa:"Putz.Eu sou phoda.", mas sei lá, só vontade de escrever. Essa postagem será um pouco diferente das outras porque nessa vou contar um pouco do que esta rolando comigo(-.-). Bom, digamos que nesse momento(mês), minha vida esta centrada no Cursinho, o que é bom e ruim. É bom, porque assim rola mais dedicação e mais dedicação é igual a maior chance de uma Universidade dos sonhos ano que vem. Além do mais eu realmente gosto de ambientes de estudo(não que eu seja uma aluna-sonho-de-qualquer-professor), todo esse clima me contagia!Ruim é não ter as noites livres(ha. Como se eu costumasse sair todas as noites durante a semana -.-) para fazer várias coisas ou simplesmente para fazer nada(ok, confesso que durante as férias eu passava meus dias na frente da Tv e do computador à base de House, Low & Order-SVU, Filmes, Internet e blá blá blá- que coisas fúteis, eu reconheço). E é óbvio que terei que aprender de uma vez por todas aquela coisa horrível, que sempre fazia com que eu quisesse me matar na semana de provas: FÍSICA. Pronto, nem preciso mais falar da parte ruim, a Física já fala por si só.
De qualquer maneira, espero que o esforço(que mal começou) mostre resultado no fim do ano, se não, eu me jogo da primeira ponte que eu vir!(tabom, exagero típico adolescente).Gente, falando sério: a Renúncia tem que valer a pena. Não só renúncia às minhas séries preferidas do momento ou aos filmes e afins, mas principalmente renúncia às pessoas que me fazem bem. Afinal, eu não as trocaria nem por todos livros do mundo(ok, algumas pessoas eu trocaria sim, mas isso não vem ao caso agora...=D)!
Engraçado que eu disse no começo que iria falar sobre o que estava rolando comigo e só falei as partes chatas e legais do cursinho(incrível minha capacidade de escrever hoje, não?Sinto que a inspiração foi embora(quando eu digitei a primeira frase dessa postagem) assim, não mais que de repente!Mas tudo bem, mais textos virão e mais algumas fases ou episódios da minha vida ainda serão relatados. Aguardem!=)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Dicas de Verão.!


Medidas Alternativas

Olha, você querido leitor, que diferentemete de 98% da população brasileira, simplesmente abomina o Carnaval, saiba que não é o único!
Aqui vai uma listinha fácil e prática para se escafeder da folia:


- Viajee!Mas para bem longee, que tal o Alasca meu bem?!;D

 - Durma, tome remédios para isso se for preciso!(se você morrer não adianta nem vir puxar meu pé, a culpa é do carnaval que nos obriga à isso, não minha);

 -Vá para uma cidade do interior aprender a plantar cana, lá ninguém tem tempo para carnaval (lição de vida);

 -Fique em casa, mas antes disso vá à biblioteca e pegue quantos livros sua carteirinha permitir!

 -Se nada der certo, você ainda pode se matar, melhor você fazer isso antes que o carnaval o faça por você!

 Por hoje é só meus queridos, até o próximo FicaADica!=D

Por Jéssica Cecim
Autora do Blog, que aliás não se
responsabiliza por nenhuma morte ou danos graves
causados pela a decisão do leitor de seguir suas dicas.








sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Entre Razões e Emoções a saída é Fazer Valer a Pena!(Clichê, mas é verdade!)


Vontade de escrever esse dias...

Por que o tempo passa tão rápido quando a gente esta feliz?
Às vezes eu penso que poderia ser meio injusto querer que o tempo passe devagar, pois quem esta sofrendo com certeza iria querer que ele passasse mais rápido!
Ontem tive notícia de amigos muito queridos que passaram em uma conceituada universidade(Ah, que se danee!Passaram na Unicamp mesmooo!). Mas, continuando, o fato é que apesar de toda a felicidade que eu sinto sinceramente por eles, vem junto um certo medinho; medo daquilo que já temíamos antes mesmo de prestarmos vestibular, antes mesmo do fim do ano, algo que passamos a temer a partir do momento em que percebemos o tesouro que temo em mãos - medo da separação.
Um certo amigo meu diria com todas as letras que eu sou idiota por pensar que vamos nos separar!rs
Eu entendo, e sinto(e eu creio firmemente no que eu sinto, mais no que eu vejo ou toco) que eles são para sempre! Mas quem disse que meu cérebro entende isso?Ele acha que a separação é inevitável, que com o tempo as notícias não serão dadas assim que as coisas acontecem, que se forem, será por alguns poucos e-mails e olhe lá. É claro que eu discordo dela(da razão). Incrível a dificuldade de manter o equilíbrio, não?
Dizer: "Olha Razão, não é por que eles moram em outra cidade e não nos vemos mais todos os dias que iremos nos separar!" ou " Tudo bem Emoção que você crê na união, crê que a 'distância que separa dois corpos não separa dois corações', mas peloamor né?Eles farão novas amizades, conhecerão gente e situações novas!Cai na real meu bem!"
Mas fazer o quê? A Felicidade deles me faz Feliz, mesmo que eu não os sinta fisicamente...!
E peço, com muita Força e Fé, todos os dias antes de dormir, que dessa vez, mesmo que não haja equilíbrio, minha Emoção esteja com a Razão.!

No Rítmo do Sonho


Sofia não sabia o que fazer - o que era natural porque ela nunca sabia o que fazer.
Certa vez ela ouviu dizer que a duvida nada mais é do que você saber o que quer mas não ter coragem de assumir. Claro que ela não concordava, pois se assim fosse, seria muito mais fácil para ela tomar um rumo na vida. E agora ela tinha que resolver e rápido, o que queria.
Sofia vive com o pai e a avó em São Paulo. Seu tempo se divide entre academia de dança, trabalho e cuidar da avó nos tempos 'livres'. Ela não reclama, na verdade ela até gosta  disso tudo, a rotina a deixa segura. Ela não vê a mãe desde que se casou, há seis meses, nem faz muita questão também, afinal, foi a mãe quem saiu de casa e ainda por cima resolveu se casar, ela quem deveria visitar a filha.
Seu relacionamento com o pai é tão bom quanto poderia ser, se parecem muito e ela se sente à vontade para conversar com ele.
Sua paixão é a Dança. Sofia se sente livre, leve enquanto dança, como se nada pudesse atingí-la ou fazê-la sofrer, como se ela fosse capaz de realizar qualquer coisa.
Ao fim de uma aula, Ângela, sua mentora acadêmica e amiga a chamou até sua sala, pediu que se sentasse e lhe jogou a bomba:
"Sofia, você se lembra daquele homem, Elliott Parish, que te apresentei na semana passada, depois da sua apresentação de fim de ano?"
"Mas é claro que eu me lembro, Ângela! Você não cansa de dizer que ele tem um grupo de dança super conhecido em Londres, que ele faz turnê por toda a Europa e tudo o mais!O que tem ele?"
"Então, sabe...é que ele..."
"Ele o quê, Ângela??"
"Ele te chamou para um teste para fazer parte do grupo!!"
"O quê?Vocês esta falando sério?Ai meu Deus, você sabe que tudo o que eu mais quero nessa vida é dançar, Ângela!Não brinca com uma coisa assim!"
"Eu não estou brincando, Sofia!Ele gostou da sua apresentação e disse com todo aquele sotaque inglês que você tinha futuro na dança!"
"Mas você quer dizer que ele me chamou pra Companhia dele?!"
"Bom, ele disse que você terá que passar por um período de teste. Eu não te falei antes, até porque ele me pediu segredo, mas uma das bailarinas esta saindo e ano passado foi sua última turnê e o grupo precisa de alguém para ficar no lugar dela, e é aí que você entra."
"Como assim?Eu ensaiarei aqui e farei uma apresentação particular para ele e o grupo daqui uns seis, oito meses?"
"Não exatamente. Acontece que ele prefere ver de perto os ensaios dos bailarinos, logo você terá que ir para Londres, e aí na academia de dança dele, juntamente com outras três ou quatro bailarinas você irá mostrar  se é ou não qualificada para a Companhia dele. Então, você aceita?"
"Quando eu teria que me mudar?"
"Daqui duas semanas."
"O quê??Como assim, Ângela?Toda a minha vida esta aqui!Eu não posso deixar meu pai sozinho assim tão de repente, logo agora que minha mãe se casou de novo e minha vó voltou a ter crises..."
"Sofia, é a oportunidade da sua vida!A chance que você sempre quis ter!Muitas garotas morreriam pra estar no seu lugar!O seu pai com certeza vai te entender!Sofia, olha, você tem uma semana pra dar a resposta pro Elliott, pensa direito, conversa com seu pai, não toma nenhuma atitude ainda. Tudo bem?"
"Tudo bem. Vou pra casa então. Obrigada, Ângela."
"Imagina criança, não poderia pensar em outra pessoa pra essa oportunidade!Pensa com calma, ok?"
"Uhum..."

E com seus pensamentos à mil, Sofia foi para casa, pensando na oportunidade que poderia mudar a sua vida-isso, se ela a aceitasse mesmo, porque por mais que quisesse, tinha medo, tinha dúvida.


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Fase.



Aquela menina que deixou de acreditar em contos de fadas já há algum tempo.Que descobriu q às vezes o Sapo pode ser melhor que o Príncipe e que às vezes, nenhum dos dois pode te fazer bem. Que algumas vezes as fadas podem ser as verdadeiras Bruxas e as buxas se tornam Fadas.

A adolescente que fez amizades que pensou que jamais fossem se esvair, mas que agora já não tem a mesma certeza, e também sabe que já não depende dela.

Aquela que chora escondida e que nem sabe porque chora, ou talvez os 'porques' sejam tantos que ela até se confunde.[conflito interno]

A garota que precisa do apoio da pessoa que está mais próxima dela, mas isso ela não tem.

Que sente que falta algo em sua vida. Que cansou de tudo. Que quer novidades...

Essa garota, que se esconde atrás do riso fácil, que ri para não chorar.

A garota que chora mais de raiva do que de alegria[não que lhe falte motivos].

A menina que olha pro espelho e não gosta do que vê. Que olha para dentro e não gosta do que sente.

A menina q as pessoas pensam conhecer, mas que é compreendida por pouquíssimas pessoas, mas compreendida mesmo, de verdade.

Aquela que às vezes quer ficar sozinha, só isso, mais nada..

A menininha que vive no mundo da Lua[sometimes it's your favorite place], viaja pra muito longe, pra um lugarzinho só dela, onde todas situações acontecem conforme ela planejou ou até melhores. Lá ela pode tudo[e aqui fora também.].

Ela tem pose de metida, mas na verdade é sem querer.

Aquela que se protege no seu castelo,na sua fortaleza de sonhos,aquele lugar que ela cria às vezes para fugir dela mesma.

A menina que se arrependeu de ter seguido o coração, por mais estranho que isso pareça.

Aquela que se pergunta :'será msm q valeu a pena?

A menina que agora sabe que 'tudo não passou de um sonho tolo e o consolo eh perceber que o amanhã existe e ela pode ser feliz!!

E ela é assim, como a garota que escreve isso agora. Simples e complicada. Boa e ruim. Com um jeito louco, mas que sente medo, que ri e chora, que reclama, mas que ainda consegue achar motivos para Ser Feliz!

Porque todo mundo já passou por um momento em que gostaria de sumir, mas no final das contas percebeu que mais legal ainda é enfrentar o que tinha pela frente e depois poder olhar para cara da tristeza e dizer : 'Haa!Eu superei, meu bem!;)'